Cada um de nós percebe o mundo à sua maneira.

O azul que eu vejo provavelmente é diferente do azul que você observa. E não é só uma questão física, é uma questão de percepção. Esse mesmo azul pode causar uma sensação ou lembrança em mim, e outra em você.

Muitas vezes deixamos de ser autênticos para nos encaixarmos em alguma ideia coletiva, alguma proposta social do que é “mais bonito”, do que é “certo”, do que o “sucesso” deve parecer, e é uma proposta criada por alguém – alguém que não somos nem eu, nem você.

Eu falo isso no contexto da vida, mas podemos falar de músicas que soam todas iguais, séries que se repetem ou “celebridades” que fazem exatamente a mesma fórmula em suas redes sociais – como já diria Marcelo D2, “celebridade é artista, artista que não faz arte…”, mas isso é papo pra outra conversa.

Nesse contexto, o medo de não sermos compreendidos ou aceitos pela visão do outro bloqueia a nossa criatividade, nossa autenticidade. 

E olha que contraditório! Cada um percebe o mundo e cria no mundo à sua maneira, logo, ninguém é igual, não dá pra se encaixar completamente nesses padrões.

O que eu acho mais interessante é pensar que, por essa ótica, o sentimento deveria ser o extremo contrário!

Criar a partir da nossa visão e do nosso coração é enriquecer ainda mais o mundo, é criar muitas outras caixinhas, ao invés de tentar se encaixar em um único caixote.