– Amanhã vai fazer calor. 
– Ixi, essa semana vai ser quente que só!
– Mas o frio chega na quinta-feira.

Semanalmente tentamos adivinhar a natureza… E eu não falo do excelente trabalho metereologista não, falo da gente mesmo. É como se a gente quisesse controlar tudo, inclusive o incontrolável. Inclusive, já pensou no caos que seria podermos controlar o clima? Ia ser um chove-não-molha que minha nossa…

Pra quem não é fã de verão (como eu), começou a semana a gente corre olhar a previsão do tempo: “vish essa semana vai ser difícil, 35 graus?”.

A pessoa já vai dormir maldizendo a semana toda, rapara bem!

Aí o que acontece, depois de reclamar 10 minutos no ouvido do cônjuge que a semana vai ser o inferno na terra de calor e gastar uma energia danada – e o tímpano do cônjuge: acorda na segunda-feira e… o tempo está fresquinho, um vento leve, tudo levemente nublado. Em paz.

Pode fazer calor na quarta-feira? Provavelmente vai. Mas isso é uma questão para a quarta-feira.

E aí, ao invés de aproveitar o dia delicioso, a brisa leve, não… fica apenas pensando, no apego, se o dia todo será assim, se a semana toda será essa delícia… ou 35 graus do deserto do Saara.

Claro que é um exemplo meteorológico, mas se a gente faz isso com o clima, imagina com as demais coisas importantes na vida? Sempre tentando viver no futuro, nunca presente no presente que é o presente.

Aliás, impressionante quantos significados “presente” pode ter… e dizem que alemão é que é uma língua difícil.