“Descubra seus talentos”. Já parou pra pensar nesse tipo de frase?

Eu tenho uma certa mania, talvez seja mania de escritor, de olhar literalmente para uma palavra – e eu digo “literalmente” na plenitude de seu significado.

Logo, “descobrir” é sobre “remover o que cobre”.

Então, de repente “descobrir a verdade” significa que a verdade está lá, ela só está coberta por algo – ou alguém (soa uma música dramática).

Como vocês me conhecem, e eu não resisto, vou levar essa conversa para o lado do autoconhecimento: pra mim o maior super-poder do ser humano é se auto DESCOBRIR, então, “descobrir os seus talentos” passa por lapidar, escavar com minúcias, remover as coberturas do que já está aí como seus talentos.

E isso começa a ficar muito interessante, veja… 

Eu conheço muita gente que não se considera criativa, e muitas não se consideram nem talentosas. Na maioria das vezes elas nem sabem que tem esse talento todo lá dentro delas, e assim, elas nunca chegam nem perto da possibilidade de escavar, de remover as coberturas que podem estar escondendo de si mesmas e do mundo, a sua criatividade e seus talentos.

Visto que todos nós somos criativos e talentosos, cada um ao seu jeito (autoconhecimento, de novo), é essencial reconhecer que existe a possibilidade de algo novo e especial a ser descoberto.

As coberturas? As coberturas, na minha experiência, ficam ali alimentadas pelas crenças inconscientes, pelas crenças conscientes, por coisas que foram ditas na infância e outras vividas na vida adulta, e que internalizamos meio que naturalmente, sem nem pensar ou perceber.

E aí temos talvez a pior das coberturas: tentar se adequar a um padrão que alguém falou que era o padrão de “sucesso”. 

Ah, essa cobertura é cruel! 

Ela tira o foco da gente e coloca o foco no “mundo”. O pior é que “o mundo” que nos julga na realidade é uma grande canvas em branco, que nem está nos julgando e muito menos está dentro do nosso campo de ação.

Não tenho absolutamente nada contra advogados, inclusive, é a profissão que faz muitos profissionais felizes, pois é a natureza dessas pessoas e não apenas um atalho para o “sucesso”.

Mas para uma pessoa visual, viver entre palavras e pontuações de códigos penais pode ser de sugar a vida. E vice-versa.

No entanto, a nossa missão aqui é a de sermos os e as Indiana Jones das nossas almas.

Embarcar nessa aventura de ser quem realmente somos, de acessar nossas profundezas, explorar as belezas das nossas cavernas, tomar cuidado com as armadilhas das crenças, as rochas deslizantes do que um dia disseram que era “o certo”, “o sucesso”… e seguirmos nos descobrindo, nos desbravando.

Tem muito tesouro aí dentro, eu te prometo. E sabe o que é mais legal? É um tesouro que quando você compartilhar com a humanidade, não vai te faltar não, vai na verdade multiplicar.

Boas expedições pra nós!