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Aprendizado, Criatividade

Os olhos do mundo

Cada um de nós percebe o mundo à sua maneira.

O azul que eu vejo provavelmente é diferente do azul que você observa. E não é só uma questão física, é uma questão de percepção. Esse mesmo azul pode causar uma sensação ou lembrança em mim, e outra em você.

Muitas vezes deixamos de ser autênticos para nos encaixarmos em alguma ideia coletiva, alguma proposta social do que é “mais bonito”, do que é “certo”, do que o “sucesso” deve parecer, e é uma proposta criada por alguém – alguém que não somos nem eu, nem você.

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Aprendizado, Criatividade

O Indiana Jones da alma

“Descubra seus talentos”. Já parou pra pensar nesse tipo de frase?

Eu tenho uma certa mania, talvez seja mania de escritor, de olhar literalmente para uma palavra – e eu digo “literalmente” na plenitude de seu significado.

Logo, “descobrir” é sobre “remover o que cobre”.

Então, de repente “descobrir a verdade” significa que a verdade está lá, ela só está coberta por algo – ou alguém (soa uma música dramática).

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Aprendizado, Cotidiano

2024

No final desse ano de 2023, as férias, finalmente, vieram.

Eu aproveitei alguns dias tranquilos para apenas ler, me exercitar, cozinhar e descansar, tanto em casa quanto numa curta viagem às montanhas frias da linda Monte Verde, em Minas Gerais – “Minas, meu país!”, gritam leitoras e leitores mineiros neste momento.

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Cotidiano, Criatividade

Lembretes perfeccionistas

Ouça essa crônica em formato de podcast:

Você não precisa ser excelente para começar, mas você precisa começar pra se tornar excelente.

Hilary Hinton “Zig” Ziglar.

A gente precisa às vezes colocar um lembrete como esse, do “Zig” Ziglar, na nossa testa. Assim, toda vez que trombarmos no espelho do perfeccionismo a gente consegue lembrar de não se enganar.

Eu não sei você aí, mas eu já me freei de tanta coisa porque eu sabia que ainda estava longe da melhor versão.

Quantas vezes então eu nem tentei, nem comecei porque, na minha cabeça, na imaginação que fica criando futuros tragicamente já julgados e condenados – cujos quais 90% das vezes, ou mais, nunca se realizam – eu já havia falhado.

Quando você para, lê e re-lê o parágrafo acima, meu Deus, como parece absurdo. E é.

E isso vem de quem se orgulha de estudar, buscar conhecer e utilizar metodologias de design thinking e metodologias criativas, onde falhar, experimentar, testar, fazer e buscar aprimorar é a pedra angular da coisa toda.

Mas quem vive a era do julgamento perfeito das redes sociais, dos colegas, das expectativas perfeitas e das mil oportunidades de fazer qualquer coisa está na mira do perfeccionismo congelante.

Será?

Eu convido você a, assim como eu, aquecer. Derreter o perfeccionismo.

Veja, é diferente de fazer no relaxo. De fazer na preguiça. De fazer sem carinho, sem coração, sem dedicação.

Mas, se você se importa em aprender aquilo, em saber como é, vai se sentir à vontade consigo mesmo e consigo mesma, vai gostar do processo, vai querer melhorar o processo, vai querer aprender mais, aprofundar mais. Vai querer passar mais horas naquilo. Vai se divertir naquilo.

E aquilo, de algo longe do excelente, vai, aos poucos, com a dedicação alegre de quem sente prazer em estar ali, na lida daquilo, encontrando a excelência.

E sabe o que é mais legal? Não e a excelência aos olhos, ouvidos ou percepções de qualquer um. É a sua própria excelência em aprender, em ser hoje, mais excelente do que foi ontem, nem que seja um traço, uma palavra, uma linha, um porcento.

Se o seu mal é o perfeccionismo, lembre-se, pra chegar lá, tem que começar.

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