Escrever num blog no início dos anos 2000 era uma aventura diferente.

Mesmo com o Twitter, a internet não era muito povoada. Quem lia seus conteúdos era um grupo pequeno e que realmente se identificava com você e com o que escrevia.

Tecnicamente, poucas escolhas estavam disponíveis. Eram alguns poucos templates visuais, uma ou outra modificação ou personalização era possível. Hoje em dia você pode fazer tudo. Se quiser, dá pra construir um CRM inteiro plugado a uma loja online, tudo num simples WordPress.

Eu sinto falta dos tempos simples. Nostalgia míope? Talvez.

Um dos motivos de eu continuar num blog, e um dos principais motivos de ter voltado com a minha newsletter, é essa tentativa de resgate a um grupo mais íntimo, mais próximo, que gosta de ler o que escrevo, que se identifica aqui de alguma forma e que participa, é parte do Blumerangue.

Ao mesmo tempo, eu lembro claramente do blog dos anos 2000 e bolinha, o quanto eu queria personalizar aquele espaço, o tanto de coisa que eu sonhava em fazer e que até daria, se eu programasse direitinho. Hoje, com dois cliques eu faço muito mais do que nunca nem pensei que conseguiria. E pelo telefone celular.

Bom… a essa altura você já entendeu, eu sou nostálgico, mas ainda assim escrevo num tecladinho bluetooth olhando pra telinha. Eu anoto as idéias no celular apesar de evitar escrever por lá. E pensando bem, nem isso existia direito lá no começo do Blumerangue, era só um Blackberry com tecladinho físico e olhe lá – e tem muito jovem que nem pegou a referência agora. Bem-vinda ao Blumerangue, juventude!

Fato é que a gente tende sempre a menosprezar a alegria que está vivendo agora, com tudo que tem acesso nesse momento pra ficar só saudando o que já passou. Mas a vida só acontece no agora!

E que bom, por que é agora que eu estou escrevendo pra você, num blog. E esse texto estará numa newsletter. Então, com redes sociais, velocidade e complexidade nunca antes vistas ou não, estamos aqui, aproximados por um texto, você e eu.

Dá um abraço aqui…