Ouça essa crônica em formato de podcast:

Você não precisa ser excelente para começar, mas você precisa começar pra se tornar excelente.

Hilary Hinton “Zig” Ziglar.

A gente precisa às vezes colocar um lembrete como esse, do “Zig” Ziglar, na nossa testa. Assim, toda vez que trombarmos no espelho do perfeccionismo a gente consegue lembrar de não se enganar.

Eu não sei você aí, mas eu já me freei de tanta coisa porque eu sabia que ainda estava longe da melhor versão.

Quantas vezes então eu nem tentei, nem comecei porque, na minha cabeça, na imaginação que fica criando futuros tragicamente já julgados e condenados – cujos quais 90% das vezes, ou mais, nunca se realizam – eu já havia falhado.

Quando você para, lê e re-lê o parágrafo acima, meu Deus, como parece absurdo. E é.

E isso vem de quem se orgulha de estudar, buscar conhecer e utilizar metodologias de design thinking e metodologias criativas, onde falhar, experimentar, testar, fazer e buscar aprimorar é a pedra angular da coisa toda.

Mas quem vive a era do julgamento perfeito das redes sociais, dos colegas, das expectativas perfeitas e das mil oportunidades de fazer qualquer coisa está na mira do perfeccionismo congelante.

Será?

Eu convido você a, assim como eu, aquecer. Derreter o perfeccionismo.

Veja, é diferente de fazer no relaxo. De fazer na preguiça. De fazer sem carinho, sem coração, sem dedicação.

Mas, se você se importa em aprender aquilo, em saber como é, vai se sentir à vontade consigo mesmo e consigo mesma, vai gostar do processo, vai querer melhorar o processo, vai querer aprender mais, aprofundar mais. Vai querer passar mais horas naquilo. Vai se divertir naquilo.

E aquilo, de algo longe do excelente, vai, aos poucos, com a dedicação alegre de quem sente prazer em estar ali, na lida daquilo, encontrando a excelência.

E sabe o que é mais legal? Não e a excelência aos olhos, ouvidos ou percepções de qualquer um. É a sua própria excelência em aprender, em ser hoje, mais excelente do que foi ontem, nem que seja um traço, uma palavra, uma linha, um porcento.

Se o seu mal é o perfeccionismo, lembre-se, pra chegar lá, tem que começar.