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A arte do “é o que temos pra hoje”

Recentemente voltei a assistir um dos programas favoritos da minha adolescência — e só assim descobri que era um...

Os olhos do mundo

Cada um de nós percebe o mundo à sua maneira. O azul que eu vejo provavelmente é diferente do...

Padrões altos, expectativas baixas.

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Vivendo de escolhas

Imagino que você já tenha reparado também… passamos a vida toda fazendo escolhas. Nesse momento, por exemplo, você escolheu...
Criatividade
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O Blumerangue é o blog em que compartilho diariamente meus aprendizados sobre criatividade, autoconhecimento e sobre a vida. É bom demais ter você aqui!

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Criatividade

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15 anos trabalhando e estudando como criamos e o impacto da criatividade em nossas vidas.

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Vida

Uma carta aos 15 anos

A época ao redor dos 15 anos é um tempo diferente.

Havia pouco tempo, éramos criança. Logo mais, seremos jovens adultos. É esse espaço no meio dos dois que é confuso, porém divertido como poucas épocas na vida.

As amizades desse tempo são uma coisa especial. Pra quem tem sorte – amém, eu tive bastante – é possível conviver e viver com uma galera que ri de tudo, que sofre pelo amor do coração ainda jovem, uma galera que também sonha lá pra frente ao mesmo tempo em que quer deixar sua opinião, sua marca e até sua “revolta” naquele presente.

Independente dos temas, é a amizade dessa época que faz a coisa ser tão especial como é. Mesmo no meio do turbilhão que é entender nossas emoções nessa época, mesmo com uma briguinha aqui, uma carinha virada ali, natural da idade, a amizade desse tempo é especial.

A gente nunca pensa, aos 15, que daqui 15 tudo pode estar muito diferente. Podemos ter famílias, empregos, viagens, problemas. Jamais aos 15 você pensa que daqui 15, alguém pode não estar mais por aqui, pode “se encantar” como diria Rubem Alves, e partir brilhar em outro lugar lá pra cima.

Essa carta é cheia de nostalgia e também é um lembrete, um lembrete para os 15, 30, 60, 80. Um lembrete feliz, pra gente viver o hoje com quem estamos vivendo hoje, e viver bem! Viver de bem. Não tem nada mais gostoso que dividir a vida com as amizades. Sejam 2, sejam 12.

É um lembrete que o hoje passa rápido, mas passa mais rápido se a gente não dividir. Engraçado, né?

E não digo dividir de preencher seu álbum na rede social com as fotos posadas, mas de estar, de verdade, aqui, agora. 15 anos… Tire fotos. Grave vídeos. Mas mais do que isso, grave na sua memória cada momento, risada, piada, zoeira. Cada alegria.

Os 15 são especiais. Os próximos 15 e os demais, também são, assim como cada memória que vai ficar. Aproveite.



Texto dedicado a querida amiga dos 15, Paulinha Cestari, que ficou encantada e foi brilhar numa outra morada, lá do alto.

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Cotidiano

O tal do “ano novo, mesmo eu”.

Ok, já passamos a fatídica primeira semana do ano. Acredito que, com isso, esteja liberado oficialmente falar de metas de ano novo sem ser tão piegas assim.

Porém, estamos aqui na verdade para não falar sobre metas de ano novo. Ou as não-metas de ano novo? Ou as mesmas metas num ano novo? Enfim…

Tenho visto muito pelos canais sociais a fora a mensagem do “ano novo, mesmo eu”.

É aquilo, quando algo ressoa, as pessoas usam mesmo, sem limites. Por fim, eu também me simpatizei com a coisa na primeira vez que li; Me fez parar e refletir.

Na verdade, na verdade, eu já não tinha criado metas para o ano, já que o que acontece é que elas acabam ficando engavetadas e em março eu já nem lembro o que eu tinha prometido e me comprometido.

Ao contrário disso, esse ano mesmo antes de ver a moda do “ano novo, mesmo eu”, eu já tinha parado para pensar que cara eu gostaria que meu 2023 tivesse. E ele teria então cara de: continuidade e consistência.

2022 foi um ano acelerado por aqui. Corrido, intenso, movimentado, mas que eu pude evoluir (nem foi começar, foi evoluir) coisas que eu considero importantes na vida.

Pra quem me acompanha no Instagram já deve ter cansado de ver meus posts de manhã, depois que acordo o galo pra cantar e vou pra academia treinar e posto o “tá pago” do dia – sem escrever “tá pago”, eu juro. Mas falando sério, me exercitar tem me feito um bem incrível, principalmente pela manhã. Com o TDAH, a agitação, o dia-a-dia… os treinos me ajudam a focar no momento, a já entregar alguma coisa pela manhã da qual eu me esforcei pra fazer acontecer, que exigiu meu foco, presença e concentração e algo que me orgulho, já que estou fazendo pela minha saúde (física e mental).

Atrelado diretamente a isso vem a alimentação. Desde 2020, nós aqui em casa resolvemos diminuir bastante o consumo de carne. Com isso introduzimos mais vegetais na alimentação, mais grãos, mais frutas e etc. Outro hábito que quero manter. Não aumentar, só de manter e ser consistente já estará ótimo. O mais legal é que a alimentação por fim reflete nos exercícios, que reflete no trabalho, enfim, uma cadeia de reflexos positivos.

Ah sim, no entanto, voltar a blogar, criar conteúdo e compartilhar com vocês, essa sim foi o que eu chamei de “re-meta”. Já foi um objetivo um dia, hoje ele voltou com uma outra missão, a missão de deixar um tipo de “legado”. Não é nova a meta, mas tá precisando ganhar consistência. Acompanhe…

Enquanto isso, sigo lutando com desejos antigos e que, um dia, já foram metas, como ler mais livros por exemplo. Esse ainda não encontrei a solução. Mas tudo bem, devagar e com tentativa e erro, a gente chega lá.

O fato é que, depois que eu coloquei um objetivo um pouco mais prático, com motivações um pouco mais enraizadas no que me faz bem – depois de me conhecer e experimentar muito – a coisa fluiu.

Eu não posso falar que cumpri minha “meta de fazer mais exercícios”, ou de “comer melhor”. Por que a meta, afinal, é continuar fazendo exercícios e continuar me alimentando bem. Consistentemente.

Como dizem, o novo ano é um novo ciclo. Mas quando a gente lembra que o novo dia também é um novo mini-ciclo, então fica um pouquinho menos complicado levantar e cumprir a meta de fazer o exercício de hoje e cuidar do almoço de hoje.

Por um ano de mais bons e leves compromissos com você! Contínuos, consistentes, novos ou re-metas. O importante é o bem que traz.

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Sem categoria

O meu, o seu e o nosso calendário

O primeiro calendário, acredita-se, surgiu na Mesopotâmia com os sumérios por volta de 2700 antes do Cristo.

O calendário gregoriano, esse que usamos hoje, adotado por boa parte do mundo (sim, existem outros em outras partes do mundo) foi criado pelo monge Dionísio, no século VI e oficializado em 1528.

Tudo isso pra dizer que: se faz tanto tempo e a gente continua usando, de fato acreditamos que é importante a gestão dos dias, entendimentos dos meses, semanas e as fases da lua.

A pergunta que ressoa é: mas será que às vezes não damos poder (não importância, poder!) demais para os calendários?

Eu quero dizer, o calendário é uma ferramenta, e das mais essenciais! Não atoa está aí conosco há tanto tempo e hoje nos acompanha com alertar nos smartphones, smartwatch’s… é coisa de smart mesmo então.

Por Caio Blumer adaptado de Seth Godin

Dia desses me deparei com um texto do Seth Godin que trazia algumas boas reflexões ao redor de calendários e oportunidades não aproveitadas.

A nossa mente não funciona com horário marcado.

A nossa criatividade não funciona como um calendário com compromisso marcado com a criação.

Idéias podem surgir em momentos que o cérebro está em funções mais relaxadas do que enquanto trabalhamos.

Se falarmos da natureza então…

Pode ser que hoje, dia de você ir no supermercado esteja sol pra você poder pegar uma onda, dar uma corrida no parque. E amanhã, dia de lavar a roupa, pode ser que chova.

A sugestão do Seth é muito pertinente nisso. E olha que doido, se a gente pensar assim, a gente consegue até se planejar melhor!

Planejar tempo extra. Planejar estar presente no momento presente. Planejar observar, se adaptar. Planejar um tempo sem nada que ocupe a agenda.

Essa mentalidade não nos ajuda a ter mais insights, mas a reconhecer quantos insights deixamos passar por dia. Ajuda a aproveitar a criatividade quando a criatividade aflorar. A desenvolver a idéia 5 minutos a mais quando a idéia surgir.

Ajuda a cuidar da saúde, afinal, sem ela, nada adianta um bando de idéias criativas.

Todos temos nossos muitos calendários. Temos o calendário pessoal, temos também o calendário de quem convive conosco. Temos o calendário do trabalho.

Mas o tempo, esse é responsabilidade nossa. Você gerencia o seu.

Quanto aos demais calendários conosco compartilhados? A gente pode conversar, negociar, organizar. Planejar. Moldar e remodelar, combinar e mesclar, desde que cada decisão esteja nos ajudando a chegar onde estamos trabalhando pra chegar.

Então combinado, nos vemos quarta-feira. Ou quinta, depende do seu calendário.


English Version

Mine, yours and our calendar.

The first calendar is believed to have emerged in Mesopotamia with the Sumerians around 2700 BC.

The Gregorian calendar, the one we use today, adopted by most of the world (yes, there are other calendars around the world) was created by the monk Dionysus in the 6th century and made official in 1528.

All this to say that: it’s been so long and we keep using it. In fact we believe that it’s important to manage the days, understanding the months, weeks and moon phases.

The question that resonates is: but don’t we sometimes give too much power (no importance, power!) to calendars?

I mean, the calendar is a tool, and one of the most essential ones! No wonder it’s been with us for so long and today it’s attached to us with alerts on our smartphones, smartwatch’s… it’s a smart thing huh?!

By Caio Blumer inspired by Seth Godin

The other day I came across a text by Seth Godin that brought some good reflections around calendars and unseen opportunities.

Our mind doesn’t work with an appointment.

Our creativity does not work like a calendar spot.

Ideas can arise at times when the brain is in more relaxed state than when we are responding to emails.

If we talk about nature then…

It may be that today is the day you go to the supermarket, but it’s sunny so you can go surf, or maybe go for a run in the park. And tomorrow, laundry day, it might rain.

Seth’s suggestion is very, very practical. And look how crazy: if we think like that, we can even plan better our calendars!

We can plan extra time. Plan to be present in the present moment. Plan to observe, plan to be ready to adapt. Plan a time to have a clear schedule! I mean, brain explosions right?

This mindset doesn’t help us to have more insights, but to recognize how many insights we miss each day. It helps to embrace creativity when creativity arises. To develop an idea 5 minutes longer when the idea comes up.

It helps to take care of health. After all, without it, a bunch of creative ideas are useless.

We all have our many calendars. We have our own agendas, we also have the calendar of those who live with us. We have the work calendar too.

But time, that’s our responsibility. You manage your time.

As for the other calendars shared with us? We can talk, negotiate, organize. We can plan. Shape and reshape, combine and merge, since every decision on the time we spent is influencing us get to where we’re working to get.

So, ok then, see you Wednesday. Or Thursday, depending on your calendar.

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Aprendizado

Ella Fitzgerald e as oportunidades que transformam sonhos

Bem como a vida, o jazz é uma coisa complexa e maravilhosa. Talvez a maravilha toda esteja na sua complexidade, afinal.

Descobri meu gosto… não, gosto não, não é só gosto, meu apreço, isso…Descobri meu apreço pelo jazz por volta dos 20 anos. É eu sei, um sabor musical diferente pra alguém dessa idade.

Porém, agradecimentos precisam ser documentados aqui aos meus queridos amigos que foram e seguem sendo maravilhosas influencias aos meus ouvidos musicalmente.

Uma das primeiras vozes femininas que eu ouvi quando comecei a ouvir jazz foi a de Ella Fitzgerald, a “Primeira Dama da Música”.

Ella Fitzgerald by Caio Blumer - Blumenrangue
Digital Art by Caio Blumer

Sejam suas músicas ao lado de Dizzy Gillespie, numa Big Band (as famosas bandas de jazz) ou as músicas que mais funcionam como uma máquina de viagem no tempo, cantando em dupla com Louis Armstrong – especialmente em tempos de Natal e virada de ano, as músicas natalinas dessa dupla ecoam aqui em casa com tanta doçura quanto a época pede.

A voz de Ella é inconfundível, mas quase foi também irreconhecível.

Ella Fitzgerald teve um histórico de vida complexo. Tão ou mais complexo que o jazz, mas definitivamente tão complexo quanto a vida. Ficou órfã muito jovem, deixou cedo a escola para trabalhar, viveu nas ruas de Nova York e chegou a trabalhar até como vigia de bordel.

Numa noite, no icônico Apollo Theater, Ella estava esperando sua oportunidade para se apresentar na “Noite Amadora” – com um porém importante: Ella ia apresentar um número de dança. Sim, dança.

Sua paixão pela música foi herdada da mãe, que faleceu quando Ella tinha apenas 14 anos. Seu sonho na música era então o de ser dançarina e por isso foi ao Apollo Theater na esperança de se apresentar.

Naquela noite soube que outras duas irmãs se apresentariam com um número de dança e então, quando foi chamada do meio da platéia para sua oportunidade ela repentinamente mudou de ideia e foi para o microfone.

Ella cantou “Judy”, uma das músicas favoritas de sua mãe e, pra nossa sorte, encantou muita gente naquela noite. Daí em diante se apresentou em pequenos palcos, conheceu grandes músicos e contou até com o apoio de Marilyn Monroe que avisava: se Ella Fitzgerald fosse cantar, Marilyn iria e se sentaria na primeira fileira da apresentação – os teatros, obviamente, amavam a exposição, e assim Ella passava de pequenas casas de shows para grandes concertos.

É interessante como uma oportunidade transforma um sonho que parece algo bom em algo ainda mais fantástico, não é mesmo?

E, às vezes, se tivermos a atitude certa, com fé, a paixão encontra o talento, a ação encontra a oportunidade e a gente tem a chance de se maravilhar com algo tão doce como a voz de Ella Fitzgerald.


English Version

Ella Fitzgerald and the opportunities that change dreams

As well as in life, jazz is a complex and wonderful thing. Perhaps the whole magic lies in its complexity after all.

I discovered that I like… no, wait I don’t just like it, I appreciate it… yes… I discovered my appreciation for jazz around my 20s. Yeah I know, a different musical flavor for someone that age.

However, my gratitude must be documented here to my dear friends who were and continue to be wonderful influences to my ears musically.

One of the first female voices I heard when I started listening to jazz was Ella Fitzgerald’s voice, the “First Lady of Song.”

I’ve heard her songs alongside Dizzy Gillespie, in a Big Band or the songs that were more like a time travel machine, singing alongside the great Louis Armstrong – especially at the Holidays times, the duo’s Christmas songs echoes here at home with as much sweetness as the season asks for.

Ella’s voice is unmistakable, but it was almost unrecognizable as well.

Ella had a complex life story, maybe as complex as a jazz song, but definitely as complex as life. She was orphaned at a very young age, left school early to work, lived on the streets of New York City and even worked as a brothel watchman.

One night, at the iconic Apollo Theater, Ella was waiting for her opportunity to perform at “Amateur Night” – with an important detail: Ella was going to perform a dance number.

Her passion for music was inherited from her mother, who died when Ella was just 14 years old. Ella dreamed of becoming a dancer and so waited for the opportunity to perform at the Apollo Theater.

That night, Ella learned that two sisters were going to perform a dance number, and when she was called from the middle of the audience for her opportunity, she suddenly changed her mind and went straight to the microphone.

Ella sang “Judy”, one of her mother’s favorite songs and, luckily for us, her presentation amazed a lot of people that night. From that point she performed on small stages, met and worked with great musicians and even had the support of Marilyn Monroe who warned: if Ella Fitzgerald were about to sing, she would be there in the theaters to sit in the front row – big theaters obviously loved the audience coming from Marilyn, and so Ella went from small concert halls to big concerts stages.

It’s interesting how an opportunity turns a dream that seems good into something even more fantastic, isn’t it?

And sometimes, if we have the right attitude, with faith, passion meets talent, action meets opportunity, and we get a chance to marvel at something as sweet as Ella Fitzgerald’s voice.

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Cotidiano

Só li o título

Essa manhã eu caí na famosa pegadinha.

Eu li apenas o título de uma matéria.

Mas eu juro, dessa vez foi de propósito. Nem precisei ler o restante da matéria, o pensamento foi quem me levou pra longe, na verdade.

Abri o email e, como de costume, fui navegar entre as assinaturas de conteúdos que me fazem bem – tempos em tempos faço a higienização de assinaturas de newsletters e perfis em redes sociais. Recomendo.

Uma delas, focada em saúde mental, dizia: Being Grateful May Actually Make You More Attractive. Algo como: praticar a gratidão pode, na verdade, te deixar mais atraente.

Mas gente, aí está algo óbvio: o que há de atraente em alguém que só reclama, rebate e briga com a vida?

Quem é que quer compartilhar (não dividir, compartilhar) seus dias, seu raro e precioso tempo que passa e não volta mais com alguém que desdenha e não aproveita?

A vida de quem sabe agradecer e reconhecer, incondicionalmente, atrai.
Atrai amores, atrai amizades, atrai sorrisos e atrai mais.

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Cotidiano

Autoconfiança

Ouça essa crônica em formato de podcast abaixo:

Confiança:
1. crença na probidade moral, na sinceridade, lealdade, competência, discrição etc. de outrem; crédito, .
2. crença de que algo não falhará, de que é bem-feito ou forte o suficiente para cumprir sua função.

Definições do Dicionário

Que definição para confiança, heim? Ambas falando sobre acreditar.

Acreditar em nós mesmos, então, ao se falar de autoconfiança.

Confiar em nossos conhecimentos, habilidades, sabedoria. Que desafio é, em grande parte das vezes, principalmente se considerarmos apenas nós com nós mesmos ou, pra subir o nível pro “hard”, quando os críticos, “haters” ou gente de fora há de colocar a crítica nada construtiva pra dificultar.

Bem como comentei aqui na crônica sobre o lembrete perfeccionista, acredito que a autoconfiança seja uma coisa interessante de nós, seres pensantes, criativos, humanos.

Interessante que pode nos dar um gás a mais ou nos enfiar com os 2 pés cimentados ao chão.

A confiança, como vimos ser definida, passa por ACREDITAR. Pela crença. Pela fé, de olhar e dar o passo confiando que o degrau estará lá, mesmo sem ver.

Esse acreditar em nós, ou em nossas habilidades para fazer algo se tornar real sempre vai depender de nos expormos a tentativas fazendo aquele algo, da experiência, desmistificando o que é ou não é. Ou, sempre estaremos presos numa dúvida imaginária, que a gente acha que é.

Bem como também depende não só de dentro, mas de fora, do ambiente em que estamos. Se você confia naquele ambiente, crê naquele ambiente como algo em que haverá de plantar e algo germinará. Seja seu trabalho, a empresa, o ramo, a cidade que mora.

Se você não concorda, confia ou acredita no “sistema” que está envolvido, dificilmente terá confiança na sua criação.

Sempre há um caminho

A parte interessante de se reparar é: sempre há um caminho. É a sua forma, é como funciona pra você – ou seja, esqueça fórmulinhas ou “10 passos para qualquer coisa”…

Se conhecer – abençoado autoconhecimento que vem da Grécia antiga, da filosofia antiga ou moderna, de todo canto – é o melhor caminho.

É o caminho pra saber onde você manda bem, o que funciona pra você, o que é difícil pra você, o que você brilha, o que te faz sofrer em trabalhar. Me dê uma fórmula de física e verás o meu sofrimento imprimir-se na minha face mais rápido que um miojo ficar pronto.

Todo mundo tem falhas. Esteja a par das suas. É impressionante como elas de fazem mais confiante do que fraco.

Autoconfiança não se compra. Se vive. Pelo menos na minha experiência tem sido assim.

Eu ainda sigo me perguntando, cosntantemente, no que estão minhas crenças, onde quero chegar em breve, o que posso aprender mais, melhor, como posso me sentir melhor comigo mesmo.

Isso é autoconfiança, se sentir bem, preparado, feliz consigo mesmo.

E você?

Está construindo seus aprendizados sobre si mesmo ou sobre fórmulas externas que só tampam um buraco com argila fina?

A boa nova é, depende da gente, não é fácil, mas que dá, dá. Tente fazer ser divertido, do seu jeito, melhorar, todo dia um bocadinho a mais.

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Sem categoria

Andorinha não acorda com coruja

Ouça essa crônica em formato de podcast:

A Natureza é uma professora em tanto. Só de observar sua sabedoria, como as coisas funcionam, a gente aprende tanto! Ela ensinou e inspirou de filósofos a designers. Por que não nos ensinaria a viver melhor?

Eu sempre me considerei uma pessoa da manhã. Eu gosto de levantar cedo, eu acordo energizado, já pulo da cama ativo, falante, fazendo coisas, aterrorizando as pessoas noturnas – exceto no inverno, que a gravidade em volta da cama aumenta consideravelmente e dificulta o ato de se colocar em posição vertical, distante dos cobertores.

Obviamente que houve um tempo, lá da faculdade, que eu, sem muita escolha, por estudar à noite e trabalhar durante o dia tinha que render à noite tanto quanto o dia. Até hoje não sei como, mas eu o fiz.

Mas não adianta, eu sei que que meu melhor acontece de manhã. A minha energia e potencia de viver, de fazer, de criar, de trabalhar, de produzir ou de qualquer outra coisa está mais elevada ali.

Aí vem o povo dos estudos de produtividade…

Dizem então que, segundo os testes, as pessoas noturnas tem melhor desempenho de memória, velocidade de processamento ou habilidades cognitivas, ou ainda tendem a ser mais criativas que as pessoas matinais.

Isso significa que, se eu me forçar a ter hábitos noturnos vou então guardar mais informações? Vou resolver problemas mais rápido? Vou criar melhor?

Mas calma. Tem mais. Dizem também os estudos da produtividade, que as pessoas matinais, inclusive extremamente matinais que acordam 5h30, 4h, 3h45 da manhã (não dou conta… no inverno então… vish) tendem a ser mais persistentes, auto-orientadas, planejam melhor.

Tá, mas então e a sua própria natureza e a natureza?

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Pois bem, reparemos nesse bicho que é símbolo da sabedoria, que inteligentemente, instintivamente, naturalmente tem seus hábitos noturnos: a coruja.

Por motivos bem óbvios, aprendi que ela mantém seus principais hábitos à noite, onde há mais chances de encontrar roedores, insetos e outras presas que a alimentam e que também tem hábitos noturnos, além de ficarem desprovidos da luz, facilitando a caça da sábia coruja.

Coruja vai caçar de dia pra quê?

Será que se ela soubesse que as Andorinhas, com sua beleza e graça se alimentam, durante os vôos, dos insetos voadores que estão presentes mais durante o dia no ar ou nas árvores, ela então iria mudar os hábitos só porque dizem que a Andorinha come por volta 1500 insetos por dia?

A Andorinha que é também reconhecida símbolo da alegria que traz o fim do inverno e chegam cantando a primavera (por seus hábitos migratórios, ela não é fã do inverno, imagino que também sofra pra levantar cedo).

Será mesmo que a Coruja ia trocar seus roedores e grandes insetos que raramente são vistos dando bobeira durante o dia pra virar Andorinha?

A Natureza sabe. A biologia sabe. A ciência sabe. A gente também deveria saber…

Sabe porque o Tim Cook, CEO da Apple, arrebenta ao levantar às 3h45 da manhã? Sabe por que alguns grandes músicos compõem bem demais e são criativos na madrugada?

Por que eles e elas estão respeitando as suas naturezas. E é isso.

A ciência também concorda: não é uma questão de força de vontade, de hábitos e etc, é uma questão biológica, natural.

A Coruja se dá bem pois ela é quem ela é. A Andorinha também. E eu não tenho dúvidas de que você ser quem você é, seja da manhã ou seja da noite, vai garantir que você se dê bem também.

A natureza ensina – e somos parte dela – nem acima, nem abaixo, parte.

Autoconhecimento, minha gente, da Coruja, da Andorinha, meu ou seu é o que mais vai ajudar você a fazer seja lá o que você queira, de curtir seu dia e jardinar a trabalhar e ter mais produtividade. É simplesmente o natural.

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Cotidiano, Criatividade

Lembretes perfeccionistas

Ouça essa crônica em formato de podcast:

Você não precisa ser excelente para começar, mas você precisa começar pra se tornar excelente.

Hilary Hinton “Zig” Ziglar.

A gente precisa às vezes colocar um lembrete como esse, do “Zig” Ziglar, na nossa testa. Assim, toda vez que trombarmos no espelho do perfeccionismo a gente consegue lembrar de não se enganar.

Eu não sei você aí, mas eu já me freei de tanta coisa porque eu sabia que ainda estava longe da melhor versão.

Quantas vezes então eu nem tentei, nem comecei porque, na minha cabeça, na imaginação que fica criando futuros tragicamente já julgados e condenados – cujos quais 90% das vezes, ou mais, nunca se realizam – eu já havia falhado.

Quando você para, lê e re-lê o parágrafo acima, meu Deus, como parece absurdo. E é.

E isso vem de quem se orgulha de estudar, buscar conhecer e utilizar metodologias de design thinking e metodologias criativas, onde falhar, experimentar, testar, fazer e buscar aprimorar é a pedra angular da coisa toda.

Mas quem vive a era do julgamento perfeito das redes sociais, dos colegas, das expectativas perfeitas e das mil oportunidades de fazer qualquer coisa está na mira do perfeccionismo congelante.

Será?

Eu convido você a, assim como eu, aquecer. Derreter o perfeccionismo.

Veja, é diferente de fazer no relaxo. De fazer na preguiça. De fazer sem carinho, sem coração, sem dedicação.

Mas, se você se importa em aprender aquilo, em saber como é, vai se sentir à vontade consigo mesmo e consigo mesma, vai gostar do processo, vai querer melhorar o processo, vai querer aprender mais, aprofundar mais. Vai querer passar mais horas naquilo. Vai se divertir naquilo.

E aquilo, de algo longe do excelente, vai, aos poucos, com a dedicação alegre de quem sente prazer em estar ali, na lida daquilo, encontrando a excelência.

E sabe o que é mais legal? Não e a excelência aos olhos, ouvidos ou percepções de qualquer um. É a sua própria excelência em aprender, em ser hoje, mais excelente do que foi ontem, nem que seja um traço, uma palavra, uma linha, um porcento.

Se o seu mal é o perfeccionismo, lembre-se, pra chegar lá, tem que começar.

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Criatividade

Influenciadores e sua responsabilidade de liderança

Influenciadores digitais estão aí há algum tempo, mas ganharam ainda mais responsabilidade no momento atual que vivemos. Influencia é responsabilidade.

Não é de hoje que vemos muitas e muitos influenciadores digitais internet a fora, não é mesmo?

O que começou lá atrás nos blogs e Twitter, ganhou densidade com o YouTube e se espalhou ainda mais em termos de influencia através do Instagram.

E há também uma crescente na busca dessa “profissão” de influência digital – explicando as aspas, não quero entrar nos méritos, mas profissão pode ser criar conteúdo (produtores de vídeos, roteirista e autores de esquetes, fotografar, ilustrar, etc, etc…), agora, “youtuber” ou “influenciador”… veja bem…

E, com essa crescente toda, muita gente quer colher os louros sem abraçar as responsabilidades. E que responsabilidades.

Influência é a grande definidora de liderança. Uma baita responsabilidade.

Quando falamos em liderança, falamos de papéis e pessoas que exercem influência, tem grande visibilidade, são ouvidas, consideradas.

O que acontece, claramente, com “influências digitais”, as quais nem sempre entendem que seja lá o que ela diga, faça ou demonstre estará influenciando diretamente comportamentos, pensamentos de quem as ouve, assiste ou lê.

Não é mais uma questão de autogestão, deixando a responsabilidade só no colo do outro.

Claro, cada um é o dono de seus próprios atos, o que segue valendo para quem exerce a influência, não só para quem é influenciado.

A responsabilidade de quem consome conteúdos, vê notícias e segue pessoas é de filtrar, questionar e analisar informações, claro. Mas a responsabilidade de quem gera influência passa a ser ainda maior, devida a sua atenção, alcance, consideração.


Sobre esse assunto todo eu convidei o meu amigo Guto Jr, um apaixonado pelos assuntos de liderança, que estuda muito, muito mesmo sobre tudo isso e topou trazer um pouco da sua visão sobre a responsabilidade que a influência traz consigo nesse episódio do Blumerangue que você pode conferir em audio e vídeo aqui abaixo:

Veja no YouTube aqui:

Ouça em Podcast aqui:

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Cotidiano

Seria um recomeço da simplicidade?

A solitude trouxe consigo a amiga simplicidade e mudou tudo o que entendíamos como prioridade da vida.

Ontem eu estava lendo um pouco sobre a solitude.

Solitude, palavrinha que tem aparecido um tanto mais nessa época que vivemos, não é?

Mas qual a diferença da solitude para a solidão?

Solidão se refere a dor de estar sozinho, ao meu ver, até uma coisa de dependência ou desejo, que coloca a alegria fora de nós.

Claro que falamos aqui num contexto onde podemos escolher como encarar o estar só. Não é o contexto de abandono, ou qualquer outro.

Bem, já a solitude fala sobre a alegria de se estar só, a glória de se encontrar consigo mesmo, na sua companhia. E convenhamos, seremos nossa companhia o tempo todo, pro resto da vida; que seja uma boa companhia.

Esse tempo que vivemos veio contradizer muita coisa não é?

Para antes, a “alegria” externa da vida moderna e agitada pedia acordar cedo, exercícios pelo menos 3 vezes por semana e de preferência em academia bacanuda, uma grande círculo de amigos, preferencialmente que pudesse chamar pra churrascada de final de semana. Ou vários grupos pra ter o que fazer nos 4 ou 5 finais de semana no mês. Fim de semana sem o que fazer é coisa de gente chata.

Fora o “ser bem sucedido na carreira” que te permite viajar vezes ao ano, pra longe, nas finanças ter reservas e investimentos, aquele carro novo, aquele restaurante legal e comidas diferentes pelo menos alguma vez no mês. E se não tem foto no Instagram, não comeu.

De repente, o nosso raio de atuação se vê forçado a ficar mais perto de nós.

Que loucura, quem é que pensaria, nesse fluxo acelerado no que não havia tempo nem para olhar os pássaros abafados pelo trânsito ou pelas sacadas fechadas, que bom mesmo, seria ter um tempo extra na natureza, estar com os poucos e bons amigos, viver cantos esquecidos de uma casa que mal se via, cozinhar a própria comida, tirar o atraso dos livros, meditar, estudar, descansar, caminhar…

A solitude é da poesia

Quem diria que a solitude, palavra que segundo o dicionário tem uso poético, seria de tão grande sabedoria e poder. Bom, ela tem uso poético, e se tem algo que poesias sabem bem é olhar para o amor, a beleza da vida, com sinfonia, ritmo e magia.

Quem diria que a solitude chamaria a amiga simplicidade, e, em cheque estaria o consumo, o exagero, a ocupação exacerbada do tempo, a falta do tempo, o superficial.

A solitude é um convite ao silenciar. Não de emudecer, mas de meditar. De apreciar.

Apreciar o que está dentro, desenvolver o que está dentro, acolher o que está dentro. Exibir menos, parecer menos, ser mais, viver mais.

Viver mais a gente mesmo, afinal, estamos na solitude conosco mesmo até, como diria Rubem Alves, ficarmos encantados.

Ah, e que sorte quando temos a chance de compartilhar com outras solitudes, a nossa também.

Esse foi meu jeito de compartilhar a minha, com você.

Que a solidão possa aprender com a solitude, que estar com a gente mesmo, seja menos árido, seja mais aconchegante, divertido e alegre.


Troquei uma idéia também sobre o assunto no Two Minute Tuesday dessa semana, que você confere aqui…

Veja no YouTube aqui:

Ouça em Podcast aqui:


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