Eu confesso uma confissão difícil para um amante do esporte: eu perdi as últimas Olimpíadas.
Entre todos os acontecimentos devido à pandemia — que hoje parece só um filme que a gente assistiu em um streaming da vida — e tudo que acontecia de efeitos pós-pandêmicos na vida, sobrou zero energia para dedicar a qualquer coisa que não fosse viver.
As Olimpíadas de 2021 parecem que nem existiram no meu calendário esportivo. E olha, isso me dói um tanto falar.
Tenho uma relação de muito amor com o esporte, e mais ainda com os Jogos Olímpicos. Talvez mais do que a própria Copa do Mundo de Futebol, tão popular no nosso país.
Me lembro de sentar em frente à TV, levantando cedo ou indo dormir tarde, ainda criança, para acompanhar os jogos. Lembro de vários fatos ao redor disso, desde os bichos de estimação que tivemos em casa e que me acompanhavam entre Olimpíadas, até o café da manhã com o leite com achocolatado preparado para acordar, ou dormir.
Lembro também de, durante minhas brincadeiras, tentar imitar os heróis e heroínas olímpicas. Eram realmente como superpessoas, com poderes e habilidades além do comum, superando seus limites, impondo novas realidades para aqueles esportes.
Era como entrar numa história incrível.
Conforme fui ficando mais velho, fui acompanhando mais, entendendo melhor, aprendendo as lições esportivas e me envolvendo mais e mais com os esportes que sempre gostei de praticar.
Hoje fico super feliz em celebrar, por exemplo, o skate se sagrando como esporte olímpico. Skate que muito pratiquei enquanto adolescente e no qual temos talentos a rodo Brasil afora. Um esporte que celebra as pessoas, o real espírito esportivo.
Ah, uma curiosidade que talvez lhe interesse: o Blumerangue começou como um blog que falava sobre comunicação, publicidade e, devagar, foi ganhando o contorno das crônicas que sempre amei ler e escrever. As Olimpíadas — ou “OlimPiadas” na época — foram um dos meus primeiros temas de escolha para escrever crônicas por aqui.
As Olimpíadas e eu. Nossa história não é nada trivial, incluindo nosso desencontro em 2021.
Bom, o fato é que as Olimpíadas de 2024 estão virando a esquina, em ritmo de marcha atlética, de 100 metros rasos, de mergulhos e saltos. Dessa vez, espero não perder nada, acompanhar tudo e, por que não, voltar a ter esse tema compartilhado aqui, com vocês?
Meu achocolatado já está pronto.