Compartilhamos pratos, aniversários, fotos dos bichos, risos dos filhos, viagens.
Compartilhamos amigos, esportes, eventos, shows, livros.
Num tempo em que a fronteira entre o online e o offline já não passa de um ponto, a autenticidade é, ao mesmo tempo, artigo de luxo e uma possibilidade constante.
Às vezes, é quase imperceptível se estamos sendo verdadeiros ou apenas “seguindo mais uma trend”.
Já não é segredo: para sermos criativos com autenticidade, a vulnerabilidade é essencial — oi, Brené Brown!
A questão é: num tempo em que nos expomos até demais, onde traçamos a linha do horizonte saudável? Onde, com quem e como ser vulnerável?
Na nossa criação, sermos vulneráveis não é só possível, é necessário. É isso que a torna única.
Como já disse aqui antes: todo texto é uma janela para um novo pedaço da alma do autor.
A vulnerabilidade é o que nos conecta como humanidade. É o que nos faz reconhecer nossas dores, alegrias, o que nos arranca risadas e o que nos põe a filosofar.
Ao mesmo tempo, e aqui vou ser vulnerável com você, defendo que existem pensamentos, ideias e filosofias que podem — e talvez devam — ser só nossos. Não como segredos, mas como sagrados.
São esses os sagrados de uma vulnerabilidade consciente que nos conecta a nós mesmos. E, ainda assim, nos permitem criar com autenticidade. A autenticidade de quem sabe quem se é.