Vira e mexe eu dou a sorte de encontrar alguma coisa que fala tanto comigo que a única coisa que consigo pensar é: uau, que experiência incrível, eu queria ter feito aquilo.
Eu estava assistindo à entrevista do Ryan Reynolds e do Hugh Jackman no PodPah — incrível entrevista, por favor, assistam, apenas… assistam… os quatro, maravilhosos, sou fã, foi a entrevista do amor e da amizade. Não vejo a hora de assistir ao novo Deadpool e Wolverine…
Desculpa, me perdi, onde eu estava?… Ah, sim, assistindo à entrevista, então…
Assistindo ao papo fiquei pensando, caramba, como deve ter sido incrível tanto para uma dupla, estando num país maravilhoso como o nosso, trabalhando com seu melhor amigo e promovendo um filme incrível, quanto para outra dupla, podendo entrevistar gente tão boa, trabalhando com seu melhor amigo, falando com quem a gente admira e vem assistindo há décadas e poder trocar uma ideia… uau! Eu queria ter feito essa entrevista.
Não chega a ser uma inveja, eu estou feliz por eles, mas eu queria ter feito parte daquela obra, sabe?
É como ouvir aquela música que só te faz pensar “não componho e sou um músico de quarto de adolescente, mas como eu queria ter composto essa música”, ou aquele, AQUELE livro que te leva a pensar “caramba, como eu queria ter escrito esse livro, assim, desse jeitinho, perfeito”.
Chega o momento em que o texto vira um texto de mim falando comigo mesmo: tirando o fato de eu não ser o que não tenho os talentos naturais para ser, qualquer outra coisa no universo é muito possível.
Há quem vá nos vender que é improvável, e até aí, tudo bem. Mas impossível? Impossível não pode ser.
Ainda tem tanta coisa fantástica e boa pra acontecer no mundo, tanta gente pra ser entrevistada, tanto livro pra ser escrito, tanto filme pra ser filmado, tanta música pra ser musicada…
Existe ainda toda a possibilidade para que a gente possa criar. Existe ainda todo espaço para que a gente possa ser.
Primeiro é preciso acreditar, e é necessário então, mergulhar, se jogar, fazer, ser parte da criação do que surgirá nesse futuro, porque se a gente não acreditar, quem vai?