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Criatividade

O segredo e o sagrado da vulnerabilidade

Compartilhamos pratos, aniversários, fotos dos bichos, risos dos filhos, viagens.

Compartilhamos amigos, esportes, eventos, shows, livros.

Num tempo em que a fronteira entre o online e o offline já não passa de um ponto, a autenticidade é, ao mesmo tempo, artigo de luxo e uma possibilidade constante.

Às vezes, é quase imperceptível se estamos sendo verdadeiros ou apenas “seguindo mais uma trend”.

Já não é segredo: para sermos criativos com autenticidade, a vulnerabilidade é essencial — oi, Brené Brown!

A questão é: num tempo em que nos expomos até demais, onde traçamos a linha do horizonte saudável? Onde, com quem e como ser vulnerável?

Na nossa criação, sermos vulneráveis não é só possível, é necessário. É isso que a torna única.

Como já disse aqui antes: todo texto é uma janela para um novo pedaço da alma do autor.

A vulnerabilidade é o que nos conecta como humanidade. É o que nos faz reconhecer nossas dores, alegrias, o que nos arranca risadas e o que nos põe a filosofar.

Ao mesmo tempo, e aqui vou ser vulnerável com você, defendo que existem pensamentos, ideias e filosofias que podem — e talvez devam — ser só nossos. Não como segredos, mas como sagrados.

São esses os sagrados de uma vulnerabilidade consciente que nos conecta a nós mesmos. E, ainda assim, nos permitem criar com autenticidade. A autenticidade de quem sabe quem se é.

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Cotidiano, Vida

O médico irônico e o músico autodidata

Abre-se a porta da salinha e lá estão: uma maca, um balcão de medicamentos, uma cadeira e um médico sentado, de pernas pro ar, assistindo a uma série de TV médica no seu dispositivo portátil.

Ele carrega uma bengala, uma barba mal-feita, uma certa obscuridade e um olhar irônico, julgador, o olhar de quem lê cada detalhe a respeito de quem acaba de chegar: roupas, postura, expressões, detalhes das mãos, pés, cabelo, unhas… pelos nasais? É você, Sherlock Holmes?

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Cotidiano, Criatividade

Coisas que eu queria ter feito

Vira e mexe eu dou a sorte de encontrar alguma coisa que fala tanto comigo que a única coisa que consigo pensar é: uau, que experiência incrível, eu queria ter feito aquilo.

Eu estava assistindo à entrevista do Ryan Reynolds e do Hugh Jackman no PodPah — incrível entrevista, por favor, assistam, apenas… assistam… os quatro, maravilhosos, sou fã, foi a entrevista do amor e da amizade. Não vejo a hora de assistir ao novo Deadpool e Wolverine…

Desculpa, me perdi, onde eu estava?… Ah, sim, assistindo à entrevista, então…

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Cotidiano, Vida

Perspectiva

Perspectiva é uma palavrinha que muda TUDO na vida.

Não sei se com você acontece assim, mas comigo, toda vez que me pego abraçando minhas inseguranças e começando a me sentir mal por alguma “não-conquista”, a Vida dá o seu jeito de jogar em mim um balde de perspectiva — que costuma ser menos agressivo que o balde de água fria.

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Cotidiano, Vida

Sapatinhos de Cristal

A gente se esforça para não ser nem humano nem natural.

E não é de pouco esforço que eu estou falando. Estou falando de muito esforço. Hércules se admiraria.

Já reparou que boa parte dos “sapatos elegantes” não tem nada a ver com a forma dos pés humanos? — Gosto do uso das aspas aqui, pois, afinal, alguém que não sei quem teve que determinar o que é sinônimo de elegância ou não.

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Cotidiano, Vida

Olimpíadas e achocolatados

Eu confesso uma confissão difícil para um amante do esporte: eu perdi as últimas Olimpíadas.

Entre todos os acontecimentos devido à pandemia — que hoje parece só um filme que a gente assistiu em um streaming da vida — e tudo que acontecia de efeitos pós-pandêmicos na vida, sobrou zero energia para dedicar a qualquer coisa que não fosse viver.

As Olimpíadas de 2021 parecem que nem existiram no meu calendário esportivo. E olha, isso me dói um tanto falar.

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Vida

O vício do reclamador

Tem alguma coisa no reclamar que faz com que seja gostoso.

No começo…

Depois que você experimenta reclamar a primeira vez, meio que como um mau hábito ou, eu ouso dizer, até um vício, o amargor vai pegando, e a gente não consegue pensar direito.

Aquela coisa rançosa vai pegando na vida mesmo, meio que o paladar da gente muda. Qualquer vivência, qualquer acontecimento, os momentos da vida passam a ter muito mais potencial para a gente ver o que tem de ruim do que o que há de bom.

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Criatividade

Idéias fora do tempo

Não sei se acontece com você, mas comigo vira e mexe. Algumas idéias aparecem fora do tempo.

Tem vezes que uma idéia para um texto aparece no meio de uma coisa impossível de se anotar a idéia – e claro que você sabe, se não anotar, esquece. Literalmente.

Ela vai embora? Não. Ela só fica escondida, meio que de birra por que foi esquecida, sabe, escondidinha atrás de um móvel ou no fundo do guarda-roupa da cabeça.

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